quinta-feira, 5 de novembro de 2015

DESTAQUE DO MÊS DE OUTUBRO DE 2015

ANA PIRES

A primeira mulher
diretora de prova de um rali nos Açores
 
Fotografia: Nuno Vitória © Info Desporto
 
Ana Luísa Cota Inácio Pires, tem 40 anos e é assistente técnica de profissão. Foi a primeira mulher diretora de prova de um rali nos Açores.
Tudo começou quando tinha 29 anos e foi convidada por Gerardo Rosa, na altura da sua primeira candidatura à presidência do TAC - Terceira Automóvel Clube, para integrar a sua lista como membro da Direção. Uma vez que já estava ligada ao automobilismo, pelo facto do marido já fazer ralis e era algo que a cativava, aceitou com muito gosto o desafio que lhe foi lançado.
O facto de ser um “mundo” maioritariamente masculino nunca foi entrave ao desenvolvimento das suas atividades, pois a sua integração foi excelente e teve sempre o apoio de toda a equipa da Secção Automóvel do Clube. Na verdade, por ser mulher não senti dificuldades de integração na equipa. Senti, desde sempre, que o exercício da minha atividade era considerado credível.
Nunca se sentiu discriminada de forma negativa, a única vez que foi dado ênfase, nomeadamente pela comunicação social, ao facto de ser mulher foi quando passou a ser Diretora de prova dos ralis na ilha Terceira, tendo sido a primeira mulher a exercer essa função nos Açores.
O seu envolvimento na organização das provas, nunca a levou a querer participar como concorrente?
Já tive uma experiência numa prova “Chamada Pequena”, ou seja, de uma Taça, mas na verdade o que eu gosto é de estar nos bastidores dos ralis, onde tudo se desenrola, onde se tomam todas as decisões que ditam uma prova.
Sobre a violência doméstica
A violência doméstica tem ganho maior visibilidade perante a sociedade, como um fenómeno comum, e consequentemente as vítimas de violência doméstica também, embora muitas vezes se sinta que são vistas como números indicadores. Face a isto, há maior sensibilidade para com as mulheres vítimas de violência doméstica.
As associações feministas desempenham um papel fundamental na sociedade, quer seja para com a sociedade em geral, quer seja para com as próprias vítimas. Assim, colaboram no processo de reintegração das vítimas, tal como, clarificam, sensibilizam e encaminham a sociedade em geral para atuar perante situações de violência doméstica.
 
Publicado na página IGUALDADE XXI no Jornal Diário Insular de 05 de Novembro de 2015
 
 

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