quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

UMAR Açores parceira do OEC Motorclube para assinalar o Dia da Mulher


 
No âmbito do plano de actividades da UMAR Açores / Cipa para o ano de 2015, e como forma de assinalar o Dia Internacional da Mulher, esta associação celebrou um acordo com o OEC Motorclube que a vincula como entidade parceira na primeira prova do Ladies Rally Trophy Portugal 2015, o Rali Sprint da Praia da Vitória que se realizará precisamente a 8 de Março.
 
Esta iniciativa é inédita e junta numa única prova duas competições, uma nacional e outra regional com a designação de Ladies Rally Trophy - By Clubauto - Açores 2015. Com esta parceria a UMAR Açores pretende valorizar a presença feminina no desporto automóvel. A competição terá como madrinha a vice-campeã nacional de ralis, Inês Ponte, navegadora do piloto José Pedro Fontes.
 
Para além da OEC Motorclube, são parceiros na organização do Ladies Rally Trophy Portugal 2015 o Vouga Sport Clube, a Escuderia Castelo Branco e o Targa Clube.
 
O calendário do Ladies Rally Trophy Portugal 2015 leva posteriormente as equipas até Guimarães e a Castelo Branco para a disputa das provas do Campeonato de Portugal de Ralis organizadas pelo Targa Clube e pela Escuderia de Castelo Branco. A quarta prova está ainda por definir mas poderá ter centro nevrálgico em Sever do Vouga, sendo da responsabilidade do Vouga Sport Clube. Na Ilha Terceira, a competição local fará ainda correr outras três provas.
 
 Publicado na página IGUALDADE XXI no Jornal Diário Insular de 29 de Janeiro de 2015
 

398 Mulheres mortas em 10 anos vítimas de violência doméstica

Revela o Observatório de Mulheres Assassinadas da UMAR

Imagem de Amnesty International
 
Em Portugal, na última década, faleceram 398 mulheres vítimas de agressões em contexto de violência doméstica. De acordo com o último relatório do Observatório de Mulheres Assassinadas da União Mulheres Alternativa e Resposta (UMAR), até ao final de Novembro de 2014 tinham morrido 40 mulheres.
Já em Dezembro, registaram-se mais duas mortes do sexo feminino, fazendo o número de vítimas subir para 42, quando em 2013 tinham falecido 37. Ao longo da última década, 2008 sobressai, pois foi o ano em que o número de mortes subiu para 46.
No ano passado, morreram quatro mulheres por mês, em média. Em 52 por cento dos casos, o agressor foi o marido, o companheiro ou o namorado da vítima, enquanto que em 30 por cento das situações a mulher foi vítima de agressões fatais após a separação.
Os agressores preferiram, em primeiro lugar, o uso de armas brancas e, em segundo, as armas de fogo. Nas restantes ocorrências, os femicídas escolheram o afogamento, a asfixia, o estrangulamento, o espancamento e o fogo, revelou a UMAR.
Os ciúmes e o facto de o agressor não aceitar a separação são os principais motivos citados pelo observatório. A maioria das vítimas mortais tinha entre 36 e 50 anos. O distrito de Setúbal foi onde se registou o maior número de homicídios, com sete mulheres mortas neste contexto, seguido de Lisboa (5) e do Porto (4). O local mais escolhido para cometer este crime, em 2014, foi a habitação do casal, seguindo-se a via pública e o local de trabalho.
“Em 19 por cento [dos casos] corria processo-crime por violência doméstica, a que acrescem 3 por cento de situações reportadas em cujo processo havia já merecido decisão judicial relativamente aos factos praticados no contexto do crime de violência doméstica”, indica o relatório.
Segundo o observatório, “em 8 por cento das situações reportadas, embora a situação de violência doméstica fosse conhecida, não existia denúncia e a vítima nunca quis denunciar”.
De acordo com os dados facultados pela Direcção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais, nas prisões portuguesas encontram-se 492 agressores, 373 dos quais cumprem prisão efectiva condenados por violência doméstica, 84 aguardam julgamento em prisão preventiva e 35, considerados inimputáveis, estão privados da sua liberdade.
 
Publicado na página IGUALDADE XXI no Jornal Diário Insular de 29 de Janeiro de 2015