quarta-feira, 4 de junho de 2014

Os meus pais estão separados!

 
O que se há-de pensar quando se vê que tudo o que sempre vivemos se está a desmoronar?
Chorar, desesperar, gritar ou sorrir e seguir em frente?
Primeiro pensamos no porquê de tudo isto nos acontecer, será que a culpa é nossa?
Mas então, porquê tantas perguntas?
A separação das pessoas que mais amamos dói muito, não há nada neste mundo que doa mais e o pior é que nada poder reparar o nosso coração despedaçado.
Falo por experiência própria, a separação dos meus pais foi a coisa mais horrível porque já passei.
Ninguém merece esse sofrimento, nem sequer o meu maior inimigo.
O desespero é o pior nesta situação, ficamos perdidos sem saber o que fazer e como ajudar.
E digo já que um sorriso e uma palavra de apoio é a coisa mais simples e bonita que se pode oferecer a alguém nesta situação.
Na minha opinião, que é irrelevante para a sociedade de hoje em dia, os filhos de quem se separa são os mais prejudicados.
Tudo o que acontece fica gravado nas suas mentes e de lá não sai.
Tudo é difícil de esquecer e ainda mais difícil de suportar.
Resumindo e concluindo, o que eu quero expressar é que os filhos de quem se separa sofrem e muitas das vezes não voltam a ser as mesmas pessoas que eram.
Algo que gostava que se recordassem é que antigamente as pessoas eram ensinadas a reparar o que se partia, hoje em dia, simplesmente atiram-no para o caixote do lixo.
O amor é precioso e não merece ser desperdiçado à mínima dificuldade.
A separação dos nossos pais é algo difícil, sem dúvida, mas com ajuda e muito amor, toda essa desilusão poder ser superada, basta acreditarmos em nós e termos força de vontade!
E apesar do que sofremos tanto eu, como a minha mãe, como o meu irmão estamos muito melhor e muito mais felizes.
Como se costuma dizer “há males que vêm por bem”.
E no meu caso, os meus pais separaram-se porque a minha mãe era vítima de violência doméstica, portanto, esta foi a única solução.
 
Filha de Utente da UMAR Açores – 13 anos
 
 
Publicado na página IGUALDADE XXI no Jornal Diário Insular de 4 de Junho de 2014


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